Resenha - O Jogo das Sombras

Título: O Jogo das Sombras – Ghostwalkers #1

Autor: Christine Feehan

Editora: Universo dos Livros

Classificação: 

Páginas: 368

Sinopse: O jogo das sombras, um livro intenso, sombrio e incrivelmente seduzente. Este experimento secreto é criação do renomado cientista Peter Whitney e sua brilhante filha, Lily. Criado para aprimorar as habilidades psíquicas de um esquadrão de elite, as transformações permitem que o poder mental desses homens se transforme em uma incrível arma militar. Entretanto, as cobaias começam a morrer misteriosamente nos laboratórios secretos, sempre vítimas de acidentes bizarros, e o capitão Ryland Miller sabe que ele será o próximo. Quando o dr. Whitney é assassinado, Ryland sabe que agora só poderá confiar na bela Lily. Possuidora de um sexto sentido excepcional, ela compartilha com Ryland cada novo medo, cada traição e cada suspeita que surge nos laboratórios. Contudo, ambos compartilham muito mais do que os próprios medos e terão de lidar com a paixão que os atrai enquanto desvendam os segredos por trás de tantas mortes.

Quando vi o lançamento de O Jogo das Sombras fiquei bastante empolgada com ele, pois de início parecia ser um livro com um ótimo enredo e realmente era, mas teve alguns pontos que foram decepcionantes durante a leitura.

Lily Whitney é filha do famoso Dr. Peter Whitney um renomado cientista que possui uma empresa chamada Donovan, onde trabalhou a vida toda com experimentos e testes, mas seu estudo foi focado principalmente com transformações psíquicas em cérebros humanos, fazendo com que os humanos pudessem ter dons e se tornarem aprimorados e melhorados.

E é em um desses experimentos de seu pai que Lily conhece Ryland Miller, um capitão que se voluntariou com seus homens para participar do experimento e servir a nação. Logo de cara, Lily fica encantada e sente uma atração enorme por Ryland, pois assim como ela, ele possui dons psíquicos e essa conexão entre eles é intensa demais para os dois entenderem.

Ryland Miller sabe que entrou em uma cilada quando efeitos colaterais surgem entre ele e seus homens, e principalmente quando alguns deles começam a morrer misteriosamente e de uma hora para a outra. Sem poder fazer muito, Ryland se vê preso em uma cela longe de seus amigos tentando encontrar uma forma de fugir, e nesse tempo ele acaba conhecendo Lily, filha do homem que fez isso com ele, mesmo sabendo quem ela é, Ryland se vê inteiramente encantado e cheio de desejo pela moça que acabou de conhecer.

Sem muitas explicações, ambos logo acabam se unindo, principalmente quando o pai de Lily, Peter, acaba sendo assassinado misteriosamente e ele era o único que sabia as respostas para tudo que aconteceu com os homens de Ryland. Agora Lily terá que correr contra o tempo para descobrir os segredos que seu pai deixou, tentar entender sua conexão com Ryland e ainda mais achar o assassino de seu pai que pode ser qualquer uma das pessoas que ela conhece.

‘’- Poucas pessoas são completamente ruins ou completamente boas, Lily. A maioria das pessoas tem os dois lados.’’

O Jogo das Sombras tem uma premissa muito bacana, é uma história que promete uma certa ação no livro e de fato até cumpre seu papel. Mas infelizmente questões abertas que foram mal resolvidas, o relacionamento repentino do casal, e por fim cenas eróticas atrapalharam totalmente o desenvolvimento do livro.

O livro em si não é ruim. Pois ele apresenta uma boa proposta, mas a autora acabou se perdendo em algumas partes deixando a história maçante e criando um relacionamento bem exagerado no quesito atração para o casal. Ryland e Lily mal se olham quando se veem pela primeira vez e ambos já estão com um fogo inabalável querendo se pegar.

Ambos tem uma conexão pelos dons, mas isso não justifica esse calor todo dos dois logo de início, já que de primeira conhecemos Ryland, um homem perdido, com muita raiva e amargura pelo que fizeram com ele e com um olhar sombrio e letal que acaba virando um doce de gente assim que vê Lily. Ela mexe tanto com ele que cenas depois ele sabe que ela é a mulher da sua vida e que ela pertence a ele e já pensa em casar e ter filhos com ela o que foi bem exagerado se você mal conhece uma pessoa e eles que mal tiveram interação direito.

E alguns momentos seu jeito territorial e feroz com Lily me irritou também, pois a personagem não tinha voz em certos aspectos durante o livro. E o que mais me irritou em Ryland foi o fogo incontrolável que ele não conseguia segurar em suas partes inferiores, toda hora seus pensamentos iam de lutar para sexo e de sexo para lutar.

Lily foi uma personagem que apesar da autora tentar dar voz para ela, se mostrou bem aguada, com poucas cenas que ela realmente se mexeu e fez algo de útil. Pois, metade do livro só vemos a personagem chorar e se lamentar por diversas coisas. Outro ponto que me irritou na personagem era que apesar de ela ser a mais centrada dos dois, era só Ryland olhar para ela de um jeitinho mais sedutor que ela abria as pernas e esquecia toda a confusão que ela estava.

Sim gente, as cenas hots me incomodaram bastante, pois elas tiraram toda as cenas intrigantes do livro focando mais no erótico do que na trama em si. Se o livro tivesse sido bem balanceado trazendo um mistério bem resolvido, uma resolução bacana eu não me incomodaria com as cenas de sexo durante a história, pois já li sabendo que era um romance adulto, mas infelizmente não foi o que aconteceu por aqui, já que o resto foi muito sem sal.

Havia cenas tensas durante a leitura, onde certa ação se iniciava, mas a autora arrumava um jeitinho de inserir uma cena de sexo no meio e eu ficava sem reação, pois a cena estava tão bem desenvolvida e ela conseguia diminuir os ânimos da história para zero.

A resolução foi bem ruim. A autora começou bem com dois mistérios que tinha tudo para ser intrigantes e até mesmo criar um plot-twist bacana se ela soubesse trabalhar melhor, mas como disse lá em cima, ela preferiu inserir cenas hots e deixar o mistério de lado, se mostrando bem superficial e bem, mas bem óbvio desde o inicio da história.

Mas.. graças aos céus, nem tudo foi ruim. Os personagens secundários foram uma das coisas que mais gostei da história, pois eles sim têm potencial para futuras histórias, já que conseguem nos cativar e fazer com a gente se apegue a eles bem mais que os protagonistas.

Encontrei poucos erros durante a leitura e a diagramação está bacana, simples e objetiva.

Para finalizar, O Jogo das Sombras que conseguiu me levar a certa decepção, já que esperava um livro bem mais complexo, com mais intrigas, mais cenas de ação e principalmente com uma resolução bem melhor do que autora apresentou.

Deixo minha recomendação com restrições, pois as vezes o que não me agradou passa a agradar vocês, principalmente aqueles que gostam de New Adults.